#11 - O que faz seu coração bater mais forte?
“Ainda lembro da sensação de me sentir perdido. De não viver a vida que eu realmente queria. De não ser a pessoa que eu realmente queria ser. Eu pensava de mais e fazia de menos." — Filipe Burgonovo
A frase que ilustra o título desta edição é o nome da palestra do Filipe Burgonovo, um músico que deixou seu emprego como programador para viver aquilo que enche seu coração de felicidade. Assisti a palestra que fez no TEDˣ Blumenau em 2015, e estas são as palavras que ilustram a apresentação dele: ”…sentia-se perdido e desiludido, e a música era seu refúgio. Nessa jornada, ele viu o quão importante é lutar pelo que você acredita e ser quem você realmente é. Ele descobriu que nossas vidas são histórias, filmes, se você quiser. Temos caneta e papel em mãos e cabe a nós escrever nossa própria história.”
Tenho pensado muito sobre coragem. Nas ações que preciso fazer diariamente para me manter em movimento e também nas pessoas que conversam comigo sobre suas vidas (e suas carreiras, claro!). Por mais que tenhamos objetivos e desafios diferentes, percebo que há um grande ponto em comum entre todos nós: a (falta de) coragem.
A raiz da palavra coragem é cor - que deriva de coeur, coração em latim. Em uma das formas mais antigas, coragem tinha outro significado: falar o que se pensa abrindo o coração. Hoje, coragem tem a ver com bravura, heroísmo, que diz respeito a arriscar a vida.
Não é a coragem de levantar da cama às 5h em uma manhã do inverno gaúcho onde faz 2 graus. A coragem que trago neste texto é aquela que movimenta nossa vida, nossos destinos e nossas decisões. E não é fácil tomar decisões. Ou talvez, a dificuldade é ter coragem para colocá-las em prática.
Quando falamos em coragem ela engloba todos os aspectos da nossa vida, dentro e fora de casa. Em decisões e mudanças na família e nas nossas carreiras. Segundo a especialista no tema, a escritora e pesquisadora americana, Brené Brown, a coragem só funciona quando exercitada todos os dias. “Coragem é um sentido ótimo, mas precisamos falar de como ela exige que nós deixemos de nos importar com o que outros pensam e, para a maioria de nós, isso é assustador”.
“Assumirmos nossa história e amar a nós mesmos nesse processo é a coisa mais corajosa que podemos fazer.” — Brené Brown
Precisamos ter coragem para escrever nossa história
Para a Brené (e eu concordo com ela), coragem tem tudo a ver com assumir quem somos de verdade, assumir nossa vulnerabilidade e encarar o que for preciso. “Sem coragem, não conseguimos contar nossas histórias. Quando não as contamos, perdemos a oportunidade de vivenciar a empatia e avançar em direção à resiliência e à vergonha”, nos ensina Brené.
Dos cinco livros da Brené Brown que tenho em casa, dois deles têm a palavra coragem no título. “A Coragem de Ser Você Mesmo" e “A Coragem de Ser Imperfeito”. Comecei a ler os dois em diferentes momentos da vida e não consegui terminar nenhum. Talvez tenha faltado coragem para identificar aquilo que me paralisa algumas vezes. Agora, mais forte e com clareza do que quero para mim nos próximos meses e anos, separei os livros da Brené para retomar a leitura. Sinto que tenho a coragem necessária para fortalecer ainda mais essa habilidade tão valiosa e que muitas vezes falta no nosso dia a dia.
“A gente precisa agir com o coração para conseguir realizar aquilo que quer. E para ter coragem nós precisamos olhar e ver aquilo em que somos bons. Todo mundo tem alguma coisa que é seu diferencial. O que eu faço me tornar ímpar, poderia me tornar único? Quando identifica, você consegue desenvolve-la, testar como um diferencial e aí fazer o planejamento para sair desse lugar que você está infeliz.” — Fê Pandolfi
É preciso ter coragem para sair da cama todos os dias e ir para um trabalho que não significa mais nada para você. Porque você não tem coragem de procurar outra oportunidade. Por que trocar o certo pelo duvidoso, né?
É preciso ter coragem para ignorar os sinais do seu corpo de que não faz mais sentido manter aquela rotina estressante na carreira. Porque falta coragem para decidir mudar.
É preciso coragem para ignorar o que faz seu coração bater mais forte. Porque falta coragem para você mudar de carreira, afinal, “o que os outros vão pensar?”
Viu? A coragem está em tudo o que fazemos na vida. Seja para o lado positivo ou negativo. Meu convite para você, com este texto, é que você avalie para onde sua coragem está indo, qual lado da balança está pendendo mais. É aí que está a resposta para você ter coragem de fazer o que realmente precisa ser feito!
A curadoria da semana é sobre textos e conteúdos interessantes que encontrei nas minhas pesquisas:
🤎 A
perguntou como anda a nossa coragem. Para ela, “se tornar alguém de coragem significa reservar, de tempos em tempos, o olhar para si mesmo.” Acrescento ainda que é um processo de autoconhecimento que nunca termina. Vem ler o texto completo!!📚 Um dos livros que me inspirou a escrever este texto foi Ouse Crescer - encontre sua voz e deixe sua marca no mundo, de Tara Mohr. Mais do que um conteúdo com técnicas e ferramentas, ele revelou comportamentos que tinha/tenho e que ainda bloqueiam minha coragem em agir.
“Identifiquei que era isso que eu queria, ser escritora, mas isso não paga as minhas contas. então, eu preciso achar meios para que as pessoas me enxerguem como escritora para ir validando isso e eu chegar onde quero chegar, que é ser escritora, de maneira sustentável financeiramente e sem me desconectar desse lado.” — Fê Pandolfi
Esse trecho acima faz parte da primeira edição da newsletter especial Histórias que Inspiram, publicada no último sábado. A entrevistada de estreia foi a escritora, jornalista, roteirista, influenciadora e professora
. Ela contou sobre sua trajetória profissional desde que começou a trabalhar no maior jornal do sul do país, a Zero Hora, em 2008. Aos 35 anos, ela chegou a um impasse: “no final de 2022 eu entendi que precisava organizar minha carreira. Nem a minha mãe sabia o que eu fazia. Quando perguntei, ela disse ah, você dá umas aulas, você escreve… ah, não sei. Decidi que queria que as pessoas entendessem que a escrita me conectava com os outros pontos. A partir da escrita eu vou realizar o meu trabalho: seja como influenciadora, seja dando aulas, seja roteirizando, mas eu quero que as pessoas me enxerguem como escritora.”Entre vários insights que a entrevista proporciona, eu selecionei dois trechos para compartilhar por aqui, mas deixo o convite para fazerem a leitura da versão completa do texto. É só clicar aqui.
Aproveito para deixar um questionamento: como você quer que as pessoas te enxerguem? Me conta nos comentários ou responde este e-mail. Vou adorar saber!
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Uma deliciosa playlist para você exercitar a coragem no seu dia a dia 😁
Nos vemos na próxima semana!
Com carinho,
Pri 💚
Que riqueza essa news! Obrigada pela citação, que tenhamos coragem, em todos os seus sentidos para não abandonarmos a vida!